Quando fiz a prova de seleção para o mestrado – em artes, no campo do teatro – a questão colocada, na hora e sem possibilidades de estudo ou planejamento prévio, solicitava que eu escrevesse sobre as possíveis conexões entre Stanislávski e minha pesquisa.
Voltado para o Teatro do Corpo, Teatro Físico e práticas espaciais, não me parecia, à primeira vista, ter alguma coisa a ver tudo isso com Stanislávski. Se fosse Eugenio Barba ou Grotowski, ou ainda Artaud, certamente seria mais fácil para mim, pois eu os lia continuamente. Porém, esses caminhos e interesses me perpassavam via Arte da Performance e, por estranho que pareça, naquele momento, ali, ao redigir o texto, me veio uma conexão entre esta e o mestre russo.